segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Não me consigo domesticar!


Sou ridícula ao ponto de ter medo de te esquecer! Agarro-te com uma força violenta e sobrenatural e estou consciente de que esta vontade me faz muito mal mas és como um vício descontrolado! Dou por mim agarrada a esperanças inúteis e a construir um futuro hipotético para um "nós" impossível. Já vos disse que sou muito agarrada ao passado e que dependo muito do futuro? Quanto ao presente, simplesmente passo-o á frente, vivo-o com as memórias de ontem e as previsões para amanhã.
Vais estragar tudo outra vez ó coração imbecil?! Não quero deixar que me controles de novo, quero tomar as rédeas da situação e ser racional uma vez na vida.
E tu? decides-te e largas-me de uma vez por todas? Paras com essa indiferença altamente provocadora, com os olhares indiscretos e com essa posição de cobarde? Ainda não me consegui mentalizar que tenho de querer acabar com isto e deixar-te ir de uma vez, mas acho que já me disponho a aceitar essa tal droga que dizem aliviar a dor.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Desorientas-me!


Será que nunca ouviram falar de trabalho em equipa?! por favor colaborem e entendam-se de uma vez por todas, já não aguento mais este embrenhado paradoxal de sentimentos!
Conhecem o jogo da corda? Não podia ser mais parecido: de um lado o grande músculo, vermelho, vencedor de todas as batalhas até agora travadas e responsável por toda esta angustia, do outro, a massa cinzenta que preenche o meu crânio, esta até parece funcionar com gramática, equações, revoluções, cálculos, etc., mas no que toca à problemática dos sentimentos, coitadinha, saiu mesmo um enorme zero à esquerda! O primeiro (coração) ganha um novo confronto a cada dia que passa, sem sequer ter de ser esforçar para que a massa cinzenta ceda e deixe a corda passar o risco. Isto tem de parar, esta indecisão aflitiva, este aperto constante têm mesmo de acabar!
Mas agora expliquem-me como assimilar a ideia de que tenho de trancar o meu coração a sete chaves dentro de um baú onde nem sequer cabe um berlinde?! E , pergunta mais pertinente ainda, será que estou disposta a fazê-lo? A resposta é não (absurdo eu sei). É como se estivesse de cama, a arder em febre e me recusasse a tomar o comprimido, sei que esta resposta, muito provavelmente, faz de mim o ser mais pequeno e fraco do universo mas o psiquismo humano tem destas coisas! Não é que goste desta sensação quente e fria que me invade insistentemente mas, antes de me render ao tal comprimido que, em vez de ir à raiz do problema, vai apenas disfarçar o desconforto febril e que após as sete horas do seu efeito vai render-se novamente ao poder incrível desta doença, antes disso, quero ainda tentar acalmar esta febre com a velha técnica dos paninhos quentes na testa e arriscar mais uma vez!
Estou consciente de que a probabilidade de eu suceder é, aproximadamente, de um em mil, e sim, este facto assombra-me todos os santos dias mas dizem que sou teimosa por isso vou fazer jus ao meu nome. Teimosia, quem me dera que tudo isto fosse apenas uma embirrância passageira de uma pessoa meramente teimosa, mas sei que não, vai muito para além disso porque fazes questão de permanecer aqui tão afincadamente.
Se te recusas a ir embora talvez seja porque deves ficar!

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Introspecção (des)controlada...


É incrível a tua capacidade de penetrares nos meus pensamentos a toda a hora e instante, a tua capacidade de saíres impune a todo o estrago que (me) fazes, a tua capacidade de provocares uma explosão a cada vez que entras no meu raio de visão, explosão essa que faz acelerar as minhas palpitações cardíacas a um ritmo alucinante!
É inacreditável a inocência ou, direi melhor, a inconsciência com que vives permanentemente e que se transforma na irreverência típica de um rebelde adolescente que te caracteriza. Consciência é, na verdade, coisa que não consta no teu ser e calculo que seja esse o truque que te faz sempre escapar entre os pingos da chuva.
Fazes-me odiar-me por não te conseguir odiar a ti!